O Templo Como Casa de Comércio | 3º Domingo da Quaresma – 2024

 
templo

“Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio! Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei!”

A relação de Jesus com o templo

 

Como tantas vezes, Jesus acompanhava seu povo até o templo em Jerusalém, o local onde buscavam uma conexão mais profunda com Deus e o sagrado. As festas realizadas naquela cidade proporcionavam momentos de renovação dessa experiência espiritual com o Divino.

 

O povo judeu viajava até Jerusalém em busca de perdão, bênçãos, curas e graças. Aqueles que procuravam construir uma relação mais profunda com Deus buscavam também, um sentido para suas vidas e, compreender o que Deus esperava deles. Jesus compartilhava essa experiência significativa com seu povo.

 

Jesus vê o Templo se transformar em uma casa de comércio

 

O templo em Jerusalém, que deveria ser a morada dessa experiência com Deus, viu-se transformado em uma casa de comércio. A preocupação de Jesus não estava concentrada apenas no que era comercializado, e nem com o templo em si, mas sim na inutilidade daquele lugar.

 

No local, ocorria uma atividade de câmbio, onde moedas com a efígie de César ou animais eram trocadas por outro tipo de moeda considerada “pura”. Isso simbolizava uma transação comercial e de negociação com Deus.

 

Em outras palavras, naquela época, para vivenciar uma experiência com Deus, era necessário fazer um pagamento, um conceito que persiste até hoje, como observado em algumas religiões cristãs.

 

O comércio de animais no templo como oferenda a Deus.

 

No tempo de Cristo, a natureza da experiência espiritual estava vinculada ao valor da oferta, como, por exemplo, o tamanho do boi oferecido como sacrifício.

 

Jesus os confronta com um chicote, rejeitando intensamente a ideia de negociação e de troca com Deus. Ele destaca que diante de Deus não há espaço para barganhas. A verdadeira busca deve ser, em primeiro lugar, pelo Reino de Deus e Sua justiça, pois, assim, todas as demais coisas nos serão acrescentadas.

 

Nenhuma de nossas ações conquistará algo de Deus; ao contrário, é nosso dever esforçar-nos para expressar gratidão pela vida que Ele nos concedeu. Jesus destaca que aquilo que Deus nos proporciona não está condicionado às nossas ações. O que Deus tem para nos oferecer é gratuito, generoso e abundante.

 

O que Deus tem a nos oferecer é gratuito e abundante

 

Deus sabe do que precisamos, assim como sabemos das necessidades de nossos filhos, sem que precisem expressá-las verbalmente. Muitas vezes, nós, como pais, buscamos oferecer o melhor aos nossos filhos, mesmo antes de pedirem, e se estiver ao nosso alcance.

 

Da mesma forma, Deus provê para nós com generosidade, conhecendo nossas necessidades antes mesmo de as apresentarmos.

 

Muitas vezes, oramos demais, fazemos promessas, penitências, correntes, entre outros, na busca de alcançar nossos desejos, acreditando que sabemos o que é melhor para nós. Contudo, o que acreditamos nem sempre é o melhor aos olhos de Deus.

 

A relação de Jesus com o templo

 

Como tantas vezes, Jesus acompanhava seu povo até o templo em Jerusalém, o local onde buscavam uma conexão mais profunda com Deus e o sagrado. As festas realizadas naquela cidade proporcionavam momentos de renovação dessa experiência espiritual com o Divino.

 

O povo judeu viajava até Jerusalém em busca de perdão, bênçãos, curas e graças. Aqueles que procuravam construir uma relação mais profunda com Deus buscavam também, um sentido para suas vidas e, compreender o que Deus esperava deles. Jesus compartilhava essa experiência significativa com seu povo.

 

Jesus vê o Templo se transformar em uma casa de comércio

 

O templo em Jerusalém, que deveria ser a morada dessa experiência com Deus, viu-se transformado em uma casa de comércio. A preocupação de Jesus não estava concentrada apenas no que era comercializado, e nem com o templo em si, mas sim na inutilidade daquele lugar.

 

No local, ocorria uma atividade de câmbio, onde moedas com a efígie de César ou animais eram trocadas por outro tipo de moeda considerada “pura”. Isso simbolizava uma transação comercial e de negociação com Deus.

 

Em outras palavras, naquela época, para vivenciar uma experiência com Deus, era necessário fazer um pagamento, um conceito que persiste até hoje, como observado em algumas religiões cristãs.

 

O comércio de animais no templo como oferenda a Deus.

 

No tempo de Cristo, a natureza da experiência espiritual estava vinculada ao valor da oferta, como, por exemplo, o tamanho do boi oferecido como sacrifício.

 

Jesus os confronta com um chicote, rejeitando intensamente a ideia de negociação e de troca com Deus. Ele destaca que diante de Deus não há espaço para barganhas. A verdadeira busca deve ser, em primeiro lugar, pelo Reino de Deus e Sua justiça, pois, assim, todas as demais coisas nos serão acrescentadas.

 

Nenhuma de nossas ações conquistará algo de Deus; ao contrário, é nosso dever esforçar-nos para expressar gratidão pela vida que Ele nos concedeu. Jesus destaca que aquilo que Deus nos proporciona não está condicionado às nossas ações. O que Deus tem para nos oferecer é gratuito, generoso e abundante.

 

O que Deus tem a nos oferecer é gratuito e abundante

 

Deus sabe do que precisamos, assim como sabemos das necessidades de nossos filhos, sem que precisem expressá-las verbalmente. Muitas vezes, nós, como pais, buscamos oferecer o melhor aos nossos filhos, mesmo antes de pedirem, e se estiver ao nosso alcance.

 

Da mesma forma, Deus provê para nós com generosidade, conhecendo nossas necessidades antes mesmo de as apresentarmos.

 

Muitas vezes, oramos demais, fazemos promessas, penitências, correntes, entre outros, na busca de alcançar nossos desejos, acreditando que sabemos o que é melhor para nós. Contudo, o que acreditamos nem sempre é o melhor aos olhos de Deus.

 

Para escutarmos a Deus devemos ouvir com o coração

 

Deus quer apenas que saibamos escutá-lo, pois, para isso, devemos ser obedientes a sua palavra e seus ensinamentos; e, para escutá-lo, é necessário ouvir com o coração. 

 

Quando desobedecemos às instruções que Deus colocou em nossos corações, perdemos a capacidade de escutá-Lo, e então Ele deixa de se comunicar conosco, porque insistimos em seguir nossos próprios desejos. Priorizar exclusivamente nossas vontades é uma atitude primária e irracional.

 

No templo, Jesus revela, de forma radical, qual é a vontade de Deus, não apenas no contexto do templo, mas, de forma mais significativa, em nossas próprias vidas. Essa reviravolta não estará mais restrita às paredes do templo nem aos limites de nossas igrejas.

 

‘Podem destruir este templo, e em três dias eu o reconstruirei.’

 

Nesse momento, Jesus refere-se ao seu próprio corpo como o verdadeiro templo de Deus.

 

A construção do templo deve ser motivada pela gratidão, e não pela busca de favores. Deus não deu Sua vida por nós com a intenção de nos conceder bens materiais como carros ou casas, mas sim para nos libertar.

 

O verdadeiro amor não se baseia em méritos; ele é livre e gratuito. Este conceito também se aplica tanto aos maridos e esposas quanto aos pais e filhos.

 

O mérito se opõe diretamente à graça. Na primeira leitura, ao abordar a punição das transgressões dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração, Deus, em seguida, destaca Sua misericórdia, que se estende por mil gerações para aqueles que O amam e obedecem aos Seus mandamentos.

 

Deus está farto de nossos sacrifícios.

 

Apesar disso, esse castigo de geração é interrompido no momento do nosso batismo. Que nossa existência se torne uma expressão constante dessa gratidão, para que os mandamentos, mencionados na primeira leitura, não se tornem uma lista de tarefas necessárias somente para obtermos a graça.

 

Deus está farto de nossos sacrifícios. Os mandamentos não são imposições nem restrições, mas sim vivências para aqueles que frequentam o templo sem buscar trocas de favores. No aspecto daquele lugar, a graça deve se manifestar com Jesus Cristo sendo o centro.

 

Que possamos ser portadores de uma verdadeira experiência de libertação, não por meio de interesses, mas guiados pelo Espírito e sua justiça, e colaboremos ativamente na edificação do Reino de Deus.

 

Artigo baseado na homilia de
Pe. Manoel Corrêa Viana Neto.
Diocese de Campo Limpo,
São Paulo – SP.

 

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