Cristo Ressuscitado | Páscoa do Senhor – 2024
“Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.
O dom do amor
A Eucaristia é, para nós, sinal do dom do amor que Deus deixou marcado e selado no meio de nós. É o sinal de Deus participarmos da eucaristia. Participar da Santa missa é, na verdade, experimentar o dom de Deus, o amor de Cristo ressuscitado.
Por isso não se pode comungar se estivermos em pecado mortal, por uma questão de coerência. Para experimentar o amor, eu tenho que estar também em íntima comunhão com Deus.
Participar da missa e comungar é estabelecer com aquele que se manifesta uma íntima conexão como em um relacionamento conjugal.
Deus se manifesta na íntima comunhão de amor conjugal, tornando-se um testemunho de amor para o mundo. No entanto, se naquele relacionamento há crises conjugais ou até infidelidade, aquele amor é quebrado, rompido.
Então eles não conseguem dar um testemunho ao mundo, não conseguem manifestar o amor no mundo porque não estão vivendo o amor. A igreja pede que os seus fiéis se preparem dignamente para participar da eucaristia da santa missa, para que esse amor se manifeste plenamente.
A ressurreição é o centro de nossa fé cristã
O fundamento da missa está na ressurreição de Jesus. Se nós estamos aqui para celebrar, exaltar, glorificar a Vitória de Jesus Cristo sobre a morte; ressurreição nada mais é do que a Vitória da vida sobre a morte.
E logo mais, no credo, vamos dizer, creio na ressurreição da carne. Significa que após a morte vamos aguardar o momento do juízo final. Esse juízo final é outra dimensão que não há tempo nem espaço. Pode ser no átomo de segundo ou demorar milhões de anos.
Temos pouco recurso humano para tentar entender esse mistério. A vida que morre aqui não é apenas morte física, mas a morte existencial.
Portanto, Jesus traz para nós uma chave de compreensão, de interpretação da nossa história, da nossa vida; pois a paixão, morte e ressurreição é o centro de nossa fé.
Os discípulos de Emaús veem Jesus após sua ressureição
No evangelho temo dois discípulos, um chama-se Cleofas, o outro não tem nome porque você pode colocar o seu nome aí e ser um desses dois discípulos. Ambos estão voltando para casa depois que Jesus Cristo foi morto na Cruz e enterrado.
Jesus Cristo morreu na sexta-feira e eles estão voltando para casa no domingo. Ouviram ali alguma coisa de que Jesus Cristo havia ressuscitado, mas alguma coisa dentro deles não se encaixava direito.
Estão voltando para casa que fica mais ou menos 11 km de distância de Jerusalém e aparece a terceira pessoa, que é o próprio Cristo ressuscitado e lhes pergunta: “Por que vocês estão tristes?” eles lhe respondem: “Ah, você não sabe? Você é o único peregrino de Jerusalém que não sabe?”
E então Jesus vai dizer: “Como vocês são ingênuos!” Cai a noite e deu para conversar bastante durante 11 km, é um processo tão legal com Jesus Cristo, tão gostoso que eles falaram: “fica conosco, porque a tarde declina e a noite vem chegando”.
Eles reconheceram Jesus ao partir o pão
Jesus entra, senta-se à mesa, parte o pão e os discípulos de Emaús reconhecem Jesus. Missa significa fração do pão, quando Jesus Cristo parte o pão, eles o veem e Jesus some da presença deles, então eles saem correndo para Jerusalém, e ali anunciam a experiência que tiveram.
Há muita gente que vê Jesus Cristo, mas não enxerga Jesus Cristo. Inclusive, há uma profecia do profeta Isaías, lá no capítulo sexto, que diz: “Eles têm olhos para ver, mas não enxergam, têm ouvidos para ouvir, mas se negam a escutar”.
Então, essa primeira dimensão é a dimensão mais básica, um relacionamento de interesses. Eu procuro a Deus porque preciso que ele me ajude a resolver um problema.
A fé básica e imatura em Cristo Ressuscitado
Há muita gente na igreja, muita gente mesmo, que tem esse relacionamento com Deus de uma forma bem básica, no qual, nós também podemos estar nessa base, nessa realidade basilar, na busca de resolução para nossos problemas.
O cego de Jericó vai diante de Jesus e pede para ver, “que eu veja!” Esse cego ainda está na dimensão do interesse. “Eu preciso resolver meu problema de cegueira, eu preciso de você”. E se Deus não resolve, a gente fica bravo com Deus e se afasta de Dele.
Devemos ter o olhar reflexivo. Eu olho, mas agora eu começo a refletir, e começo a ponderar, começo a me aprofundar. No conhecimento de Jesus Cristo, ainda não é uma fé adulta, mas já é um passo intermediário.
Esta pessoa se relaciona com Deus não mais apenas por interesses, mas agora ela já começa a refletir a sua vida, a sua história. Ela começa a perceber que existe algo superior a ela, um Deus que conduz a história dela.
O dom do amor
A Eucaristia é, para nós, sinal do dom do amor que Deus deixou marcado e selado no meio de nós. É o sinal de Deus participarmos da eucaristia. Participar da Santa missa é, na verdade, experimentar o dom de Deus, o amor de Cristo ressuscitado.
Por isso não se pode comungar se estivermos em pecado mortal, por uma questão de coerência. Para experimentar o amor, eu tenho que estar também em íntima comunhão com Deus.
Participar da missa e comungar é estabelecer com aquele que se manifesta uma íntima conexão como em um relacionamento conjugal.
Deus se manifesta na íntima comunhão de amor conjugal, tornando-se um testemunho de amor para o mundo. No entanto, se naquele relacionamento há crises conjugais ou até infidelidade, aquele amor é quebrado, rompido.
Então eles não conseguem dar um testemunho ao mundo, não conseguem manifestar o amor no mundo porque não estão vivendo o amor. A igreja pede que os seus fiéis se preparem dignamente para participar da eucaristia da santa missa, para que esse amor se manifeste plenamente.
A ressurreição é o centro de nossa fé cristã
O fundamento da missa está na ressurreição de Jesus. Se nós estamos aqui para celebrar, exaltar, glorificar a Vitória de Jesus Cristo sobre a morte; ressurreição nada mais é do que a Vitória da vida sobre a morte.
E logo mais, no credo, vamos dizer, creio na ressurreição da carne. Significa que após a morte vamos aguardar o momento do juízo final. Esse juízo final é outra dimensão que não há tempo nem espaço. Pode ser no átomo de segundo ou demorar milhões de anos.
Temos pouco recurso humano para tentar entender esse mistério. A vida que morre aqui não é apenas morte física, mas a morte existencial.
Portanto, Jesus traz para nós uma chave de compreensão, de interpretação da nossa história, da nossa vida; pois a paixão, morte e ressurreição é o centro de nossa fé.
Os discípulos de Emaús veem Jesus após sua ressureição
No evangelho temo dois discípulos, um chama-se Cleofas, o outro não tem nome porque você pode colocar o seu nome aí e ser um desses dois discípulos. Ambos estão voltando para casa depois que Jesus Cristo foi morto na Cruz e enterrado.
Jesus Cristo morreu na sexta-feira e eles estão voltando para casa no domingo. Ouviram ali alguma coisa de que Jesus Cristo havia ressuscitado, mas alguma coisa dentro deles não se encaixava direito.
Estão voltando para casa que fica mais ou menos 11 km de distância de Jerusalém e aparece a terceira pessoa, que é o próprio Cristo ressuscitado e lhes pergunta: “Por que vocês estão tristes?” eles lhe respondem: “Ah, você não sabe? Você é o único peregrino de Jerusalém que não sabe?”
E então Jesus vai dizer: “Como vocês são ingênuos!” Cai a noite e deu para conversar bastante durante 11 km, é um processo tão legal com Jesus Cristo, tão gostoso que eles falaram: “fica conosco, porque a tarde declina e a noite vem chegando”.
Eles reconheceram Jesus ao partir o pão
Jesus entra, senta-se à mesa, parte o pão e os discípulos de Emaús reconhecem Jesus. Missa significa fração do pão, quando Jesus Cristo parte o pão, eles o veem e Jesus some da presença deles, então eles saem correndo para Jerusalém, e ali anunciam a experiência que tiveram.
Há muita gente que vê Jesus Cristo, mas não enxerga Jesus Cristo. Inclusive, há uma profecia do profeta Isaías, lá no capítulo sexto, que diz: “Eles têm olhos para ver, mas não enxergam, têm ouvidos para ouvir, mas se negam a escutar”.
Então, essa primeira dimensão é a dimensão mais básica, um relacionamento de interesses. Eu procuro a Deus porque preciso que ele me ajude a resolver um problema.
A fé básica e imatura em Cristo Ressuscitado
Há muita gente na igreja, muita gente mesmo, que tem esse relacionamento com Deus de uma forma bem básica, no qual, nós também podemos estar nessa base, nessa realidade basilar, na busca de resolução para nossos problemas.
O cego de Jericó vai diante de Jesus e pede para ver, “que eu veja!” Esse cego ainda está na dimensão do interesse. “Eu preciso resolver meu problema de cegueira, eu preciso de você”. E se Deus não resolve, a gente fica bravo com Deus e se afasta de Dele.
Devemos ter o olhar reflexivo. Eu olho, mas agora eu começo a refletir, e começo a ponderar, começo a me aprofundar. No conhecimento de Jesus Cristo, ainda não é uma fé adulta, mas já é um passo intermediário.
Esta pessoa se relaciona com Deus não mais apenas por interesses, mas agora ela já começa a refletir a sua vida, a sua história. Ela começa a perceber que existe algo superior a ela, um Deus que conduz a história dela.
Então começamos a orar, a ler a bíblia, a ter uma experiência um pouco mais profunda de doutrina. E aí vamos descobrindo, “aqui tem coisa, aqui tem coisa!” então essa visão passa a ser um olhar.
A experiência e o aprofundamento na fé
Isso já é um caminho para uma experiência mais profunda. Quando é que esses discípulos de Emaús começam a ter isso? Quando Jesus começa a caminhar com eles e vai fazendo um processo de aprofundamento na doutrina, na fé, na palavra de Deus.
Há provas fora da religião cristã que prove que Jesus Cristo existiu? Sim, há. Não se pode, ou melhor, não se consegue chegar a Jesus apenas pela razão. A razão é importante, mas é preciso dar um passo além. E aí vem o verbo, que é o verbo oral.
Oral é um ver, mas não reflexivo e não físico, mas é um ver atrás das coisas, é a capacidade que a gente tem de olhar uma coisa e enxergar outra. Por isso que nós temos a Eucaristia em um símbolo, o pedaço de pão.
Mas quando olhamos esse pedaço de pão depois dá consagração, ele não é mais pão, embora no olhar físico, seja pão. Mas aqui percebemos que ele expressa uma outra realidade. Esse gesto é o oral. O pão na eucaristia já fala por si próprio.
A eucaristia é sinal da Ressureição.
Nesse sentido, irmãos, a experiência em Cristo ressuscitado não é apenas o ver. Eu nunca vi Cristo ressuscitado. Eu espero que vocês não tenham visto Cristo ressuscitado andando por aí.Cristo ressuscitado, não vai se manifestar fisicamente. Temos alguns testemunhos de Santos, mas é algo muito específico.
Resumindo, eu não vi Jesus Cristo ressuscitado, mas comecei a conhecer Jesus a partir da fé, através da sua palavra, através da oração, através da vivência de comunidade.
Porém, Jesus me chamou a fazer uma outra experiência, que é este olhar por trás das realidades, isto é, através da dimensão do amor.
Os discípulos da Emaús ousaram a fazer essa experiência do olhar físico. Depois do olhar físico e depois do olhar oral, vem o olhar da fé. Esses discípulos fizeram uma experiência de Jesus. Na hora que Ele parte o pão, aquele símbolo se concretiza na vida deles.
A eucaristia agora é sinal do ressuscitado. Não precisa mais que Jesus Cristo apareça para eles, porque agora eles já compreenderam, ou seja, uma chave de interpretação e de leitura da realidade.
O que esses discípulos fazem? Sai na calada da noite, que era perigosíssimo andar à noite, e vão anunciar que Cristo está vivo. A experiência da missa na eucaristia deve nos levar necessariamente a sair por aquela porta e anunciar uma boa notícia aos irmãos.
Não devemos viver uma fé hipócrita
Se eu participo da missa e a missa não me representou nada, a missa foi cansativa, é preferível que eu não participe. Por quê? Porque no fundo eu estou participando de um evento às cegas. É aquilo que Jesus Cristo falava para os fariseus. “Ai de vós, ai de vós!”
Vai falar justamente para o povo que vivia a lei lá na sinagoga, que não saía de lá e estava fazendo tudo certinho, orando e orando. Mas Jesus, se dirige a eles e diz: “Hipócritas!” É um problema sério quando a gente vive uma fé hipócrita.
A gente está na igreja, a gente comunga, a gente reza, vai à Aparecida tem a devoção, assiste aos vídeos católicos de padres, mas não perdoamos o irmão.
A Páscoa é um evento belíssimo para nós, que vamos refletir durante 50 dias, e que expressa uma verdade absoluta na nossa existência, no nosso modo de ser. Portanto, seria hipocrisia professarmos a fé na ressurreição vivendo como um pagão, vivendo como um ateu, vivendo como o mundo nos ensina.
É preciso fazer um caminho com Jesus Cristo. É preciso se aprofundar no conhecimento de Jesus. Isso significa experiência, a experiência de Deus.
Então peçamos a Deus: “Senhor! Eu quero ter essa experiência profunda na fé, a fé que me capacita a entrar na vida eterna dando minha vida aos irmãos. Ter vida eterna que supere a morte e partilhe aos irmãos essa nossa missão no mundo manifestado na vitória sobre a morte, que é a nossa vitória.
Artigo baseado na homilia de
Pe. Manoel Corrêa Viana Neto.
Diocese de Campo Limpo,
São Paulo – SP.
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