Madre Leônia, vida e canonização
Madre Leônia Milito foi uma figura ilustre na história religiosa da Itália e do Brasil.
Nascida em Sapri – Itália, no ano de 1913, logo seguiu o chamado de Deus, se tornando missionária ainda na adolescência.
Fiel ao Chamado de Deus, professou os votos religiosos na Congregação das Pobres Filhas de Santo Antônio em Nápoles. Nela exerceu a função de mestra de noviças, que lhe permitiu transmitir às jovens o ardor missionário.
No inicio da década de cinquenta, não tardou o chamado brasileiro e se dirigiu à cidade de Matão – interior de São Paulo; que necessitava de religiosas.
Inicialmente vieram apenas quatro irmãs, mas logo em seguida, a própria Leônia trouxe nada menos que uma vintena de jovens entusiasmadas pelo campo missionário, que se abria para a pequena congregação italiana.
Houve contrariedades e quase a missão no Brasil foi interrompida, porém Deus não desampara os necessitados e Madre Leônia, com seu ardor missionário e ânimo fiel a Deus, levou à frente “as comunidades missionárias” em diversas cidades do interior do Estado de São Paulo.
Madre Leônia criou 4 casas, organizou a missão e voltou meses depois para a Itália. Contudo, o seu dom missionário falou mais alto e a religiosa foi enviada por seus superiores de volta ao Brasil para coordenar novamente a missão.
Providencialmente entra em cena nesse momento a figura do Padre Geraldo Fernandes Bijos, indicado para aconselhar as irmãs como representante dos Religiosos no Brasil.
Nomeado para ser o primeiro Bispo de Londrina – PR, vislumbrou ele a possibilidade de acolher, nesta cidade, as irmãs na sua nova Diocese.
Congregação Claretiana
Ele e Madre Leônia fundaram, em 19 de março de 1958, uma Congregação Religiosa de Direito Diocesano, que a pedido das irmãs, foi chamada Congregação das Missionárias de Santo Antônio Maria Claret, visto que elas queriam compartilhar o Carisma de seu fundador que era religioso Claretiano.
Nos 22 anos que esteve à frente da Congregação, a religiosa abriu quase 100 casas e realizou mais de 100 obras nos 5 continentes em que passou. Madre Leônia pretendia ainda realizar mais missões no exterior, começando pela Europa e África, mas infelizmente teve seus planos interrompidos por sua morte, em um trágico acidente de trânsito, em 1980.
Enquanto ia para mais uma missão, Madre Leônia expandiu consideravelmente a jovem congregação que foi rapidamente reconhecida como de Direito Pontifício.
Hoje a congregação está espalhada nos cinco continentes, em 18 países, com centenas de irmãs atuando em prol dos mais necessitados, numa demonstração de sua fidelidade e fecundidade.
Canonização de Madre Leônia
Devido às inúmeras graças e intercessões registradas em diversas regiões, em 1998, a arquidiocese de Londrina deu início ao processo de canonização da Madre.
Atualmente, na hierarquia da igreja, a religiosa é considerada uma Serva de Deus, devido ao processo de canonização ainda estar em andamento.
Dom Orlando Brandes, 4º arcebispo de Londrina, a declarou protetora da vida no trânsito e co-padroeira das Santas Missões Populares na Arquidiocese de Londrina.
Fonte: Revista Vida em Ação – Londrina – Junho 2013 – Ano XIV – Nº 164