5º Domingo da Páscoa – 2023

 

Jesus é o caminho, a verdade e a vida.

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Como é que podemos provar que Jesus é nosso amigo? Quando ele nos revela que é um Deus poderoso ao nos acolher nos momentos de tristezas, ao nos perdoar quando nos arrependemos, por nos ajudar a vencer o pecado através de seus ensinamentos e quando, com Ele, vencemos as dificuldades da vida.

 

No evangelho deste domingo, Jesus disse aos seus discípulos: “Não se perturbe o vosso coração”, ou seja, não tenhamos medo porque Jesus estará sempre a nossa frente e terá um propósito para todos nós se escolhermos fazer o bem, mas para isso precisamos agir porque Jesus nos dá a liberdade de escolher entre o bem e o mal.

 

Não devemos nos deixar seduzir pelos prazeres do pecado, não que seja errado ter prazer, mas que possamos experimentar os prazeres da vida de forma santa, pois muitas vezes estamos muito mais apegados às coisas do mundo do que às coisas de Deus. E para crermos verdadeiramente na vida eterna, devemos renunciar o pecado e o medo da morte.

 

Nossos entes falecidos também celebram a Eucaristia conosco no mesmo altar da Igreja, porque é no altar do Senhor que nos encontraremos, e isso também serve para as famílias e para os casais.

 

É no amor, na amizade, no carinho e na fraternidade que celebramos a Eucaristia, ou seja, há um altar em nossos corações que é o lugar onde devemos nos encontrar. Deus não nos tira nossos entes queridos, mesmo após a morte terrena, porque estarão nos aguardando na mesma morada de Deus.

 

Damos muito pouco tempo às pessoas que amamos, como por exemplo à família, não devemos deixar de dar atenção a ela para nos dedicar somente ao trabalho, por mais boa que seja a intenção, porque Jesus quer que amemos as pessoas assim como ele nos amou.

Todas as vezes que comungamos devemos nos recordar de nossos entes que se foram e dar valor àqueles que ainda vivem entre nós, porque não sabemos o dia de amanhã, por isso não devemos dar valor a elas só depois de partirem.

 

Fazer memória é tornar as realidades presentes, mesmo para um pai que se foi, deve-se dizer que ele é pai e não que ele foi um pai, porque devemos crer que ele ressuscitou com Cristo.

 

Por isso que também oferecemos a missa aos nossos entes queridos, porque acreditamos que eles também estão presentes no altar colocando-os no altar de nossos corações, principalmente os que amamos e que nos deram exemplos de vida. Devemos também respeitar a dor humana da perda, mas superar a tristeza, e estar cientes que Deus, por algum motivo, quis a presença destes entes.

 

Na eucaristia, estaremos comungando com todas as pessoas que fizeram parte de nossas vidas, e que já estão junto do Pai. Quando Jesus diz: “Vou preparar uma morada”, significa que nosso lugar já está preparado se fizermos desta morada uma realidade dentro de nós, ou seja, o céu na terra.

 

Quando Felipe disse: “Jesus mostra-me o pai” Jesus dá uma dura nele dizendo: “Como não vistes o pai, se há tanto tempo estou convosco? Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim?”

 

Para experimentarmos a promessa de Jesus é preciso que tenhamos fé e também colaboremos com Ele na dimensão do amor e da caridade. Ame enquanto é tempo, ame seu pai e sua mãe enquanto estão vivos, e não deixe para amá-los depois que partirem. Deem valor agora.

 

Artigo baseado na homilia de:
Padre Manoel Corrêa Viana Neto.
Diocese de Campo Limpo,
São Paulo – SP