Shabat | 9º Domingo do Tempo Comum – 2024
“É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?”
Jesus é o Senhor do Sábado
Ao contemplarmos a sociedade da antiga Israel em torno de Jesus, observamos uma demanda humana essencial: o shabat – do por do sol de sexta-feira até o anoitecer de sábado. Este era o mandamento da época para os judeus, que ainda é praticado até hoje.
Nesta mesma sociedade, o povo percebe uma afronta em Jesus, pois, para Ele, o descanso deveria ser para todos, e não somente para aqueles com o privilégio de descansar. Porque para continuar o trabalho, é preciso descansar no sétimo dia.
O Shabat é um dia de repouso, de encontro com Deus, com a família e em harmonia com a natureza, sendo uma tradição social e espiritual. No entanto, neste contexto, havia muitas proibições e obrigações que acabavam se tornando verdadeiras armas.
Armas de controle das vidas, das mentes, das consciências e dos corações. As lideranças religiosas perceberam a força da lei, e uma delas é o shabat, que acabou se tornando a maior lei entre os 613 mandamentos do judaísmo da época.
A distorção do Shabat
Para Jesus, o shabat está longe de ser o mandamento mais importante, apesar de Deus ter descansado no sétimo dia, conforme as escrituras do Antigo Testamento. Jesus, por diversas vezes, desmascara essa distorção.
Em um dia de shabat, Jesus e seus discípulos passaram por uma plantação de trigo com a intenção de colher algumas espigas para consumo. No entanto, a lei judaica impunha até um limite de passos para andar nesse dia. Na plantação, havia vigias prontos para controlar a vida e a espiritualidade dos outros.
De fato, foi isso que aconteceu naquele momento: enquanto Jesus tentava saciar a fome dele e de seus discípulos, foi repreendido pelos fariseus. Muitas vezes nos preocupamos com aspectos externos à nossa relação com Deus, construindo relações medíocres e de afastamento.
Devemos ajudar as pessoas mostrando o caminho certo, mas sem apontar seus defeitos, pois somos tão pecadores quanto elas. O que Jesus disse a eles também vale para nós hoje: não devemos ser escravos de nossas obrigações.
Se uma obrigação ou proibição não é para o bem do ser humano, ela não é de Deus. Jesus nos mostra o que é realmente importante para nos relacionarmos com Deus.
Jesus cura no Shabat
Em seguida, Jesus vai à sinagoga, um lugar de escuta da palavra, oração, espiritualidade e convívio fraterno. Lá, encontra alguém que sofre por ter uma enfermidade na mão que o impede de usá-la, e, com isso, Jesus o cura na frente dos sacerdotes.
É claro que Jesus foi criticado por isso, ao ponto de algumas pessoas quererem matá-lo e duvidarem que Ele realizasse milagres em nome de Deus.
Há muitas maneiras de praticar a religião sem agradar a Deus, como por exemplo, exclusão, intolerância, preconceitos e manipulações, achando que estão fazendo isso em nome de Deus.
Nos dias de hoje, há pessoas com mãos secas, incapazes de produzir devido às injustiças da sociedade. Como cristãos, nossa função é proporcionar a elas dignidade.
Há muitos projetos sociais de capacitação e inclusão profissional praticados pela nossa igreja, que é o certo de se fazer. Por isso, muitos de nós somos convidados a fazer parte desses projetos, mesmo aos sábados, para percebermos quais são as nossas prioridades.
O domingo é o nosso shabat na tradição cristã
Hoje, o domingo é o nosso shabat na tradição cristã, o dia da ressurreição de nosso Senhor que devemos consagrar como o grande dia de louvor e adoração. No entanto, isso não significa deixar de lado outras prioridades.
Jesus nos desmascara em cada evangelho, alertando-nos sobre nossas hipocrisias ao revelar a realidade. Peçamos ao Espírito Santo que abra nossos ouvidos para escutarmos e obedecermos aos ensinamentos de Deus.
Somos frágeis vasos de barro que, mesmo no meio das trevas, encontramos a luz que é o próprio Jesus. Portanto, não precisamos temer. Mesmo que nossa hora ainda não tenha chegado, basta sermos pacientes e crermos que Jesus caminha conosco, porque ainda há muitas coisas boas para realizarmos lá fora.
Jesus é o Senhor do Sábado
Ao contemplarmos a sociedade da antiga Israel em torno de Jesus, observamos uma demanda humana essencial: o shabat – do por do sol de sexta-feira até o anoitecer de sábado. Este era o mandamento da época para os judeus, que ainda é praticado até hoje.
Nesta mesma sociedade, o povo percebe uma afronta em Jesus, pois, para Ele, o descanso deveria ser para todos, e não somente para aqueles com o privilégio de descansar. Porque para continuar o trabalho, é preciso descansar no sétimo dia.
O Shabat é um dia de repouso, de encontro com Deus, com a família e em harmonia com a natureza, sendo uma tradição social e espiritual. No entanto, neste contexto, havia muitas proibições e obrigações que acabavam se tornando verdadeiras armas.
Armas de controle das vidas, das mentes, das consciências e dos corações. As lideranças religiosas perceberam a força da lei, e uma delas é o shabat, que acabou se tornando a maior lei entre os 613 mandamentos do judaísmo da época.
A distorção do Shabat
Para Jesus, o shabat está longe de ser o mandamento mais importante, apesar de Deus ter descansado no sétimo dia, conforme as escrituras do Antigo Testamento. Jesus, por diversas vezes, desmascara essa distorção.
Em um dia de shabat, Jesus e seus discípulos passaram por uma plantação de trigo com a intenção de colher algumas espigas para consumo. No entanto, a lei judaica impunha até um limite de passos para andar nesse dia. Na plantação, havia vigias prontos para controlar a vida e a espiritualidade dos outros.
De fato, foi isso que aconteceu naquele momento: enquanto Jesus tentava saciar a fome dele e de seus discípulos, foi repreendido pelos fariseus. Muitas vezes nos preocupamos com aspectos externos à nossa relação com Deus, construindo relações medíocres e de afastamento.
Devemos ajudar as pessoas mostrando o caminho certo, mas sem apontar seus defeitos, pois somos tão pecadores quanto elas. O que Jesus disse a eles também vale para nós hoje: não devemos ser escravos de nossas obrigações.
Se uma obrigação ou proibição não é para o bem do ser humano, ela não é de Deus. Jesus nos mostra o que é realmente importante para nos relacionarmos com Deus.
Jesus cura no Shabat
Em seguida, Jesus vai à sinagoga, um lugar de escuta da palavra, oração, espiritualidade e convívio fraterno. Lá, encontra alguém que sofre por ter uma enfermidade na mão que o impede de usá-la, e, com isso, Jesus o cura na frente dos sacerdotes.
É claro que Jesus foi criticado por isso, ao ponto de algumas pessoas quererem matá-lo e duvidarem que Ele realizasse milagres em nome de Deus.
Há muitas maneiras de praticar a religião sem agradar a Deus, como por exemplo, exclusão, intolerância, preconceitos e manipulações, achando que estão fazendo isso em nome de Deus.
Nos dias de hoje, há pessoas com mãos secas, incapazes de produzir devido às injustiças da sociedade. Como cristãos, nossa função é proporcionar a elas dignidade.
Há muitos projetos sociais de capacitação e inclusão profissional praticados pela nossa igreja, que é o certo de se fazer. Por isso, muitos de nós somos convidados a fazer parte desses projetos, mesmo aos sábados, para percebermos quais são as nossas prioridades.
O domingo é o nosso shabat na tradição cristã
Hoje, o domingo é o nosso shabat na tradição cristã, o dia da ressurreição de nosso Senhor que devemos consagrar como o grande dia de louvor e adoração. No entanto, isso não significa deixar de lado outras prioridades.
Jesus nos desmascara em cada evangelho, alertando-nos sobre nossas hipocrisias ao revelar a realidade. Peçamos ao Espírito Santo que abra nossos ouvidos para escutarmos e obedecermos aos ensinamentos de Deus.
Somos frágeis vasos de barro que, mesmo no meio das trevas, encontramos a luz que é o próprio Jesus. Portanto, não precisamos temer. Mesmo que nossa hora ainda não tenha chegado, basta sermos pacientes e crermos que Jesus caminha conosco, porque ainda há muitas coisas boas para realizarmos lá fora.
Artigo baseado na homilia de
Frei Guilherme Pereira Anselmo Jr.
Diocese de Campo Limpo,
São Paulo – SP.
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